Amanhã rola show do Experimento Prosótypo no projeto Cidadão Arte Clube, em São Caetano, no Espaço cultural Cidadão do Mundo. Confirmados os lançamentos do Carlaccio e do Mirisola, porém a banda Fábrica de Animais cancelou a presença, então faremos o show da noite com participação de Maicknuclear e Humberto Fonseca (isso por volta de 24:00 h) e como o flyer virtual já estava pronto, segue abaixo.
Friday, June 13, 2008
Em tempo
O Rodrigo Ciríaco está lançando esta semana seu livro Te pego lá fora e tava maior astral na Ação Educativa ontem à noite. Dá tempo de conferir o lançamento de domingo ainda, no III Encontro de Literatura Periférica, com centenário de Solano Trindade e participação da herdeira Raquel. Parabéns Prussôr!
Deus é brasileiro. Mas quem manda é o Marcola. É, ele é o patrão. Ah prussôr, eu não vou entrar não. Ele é quem manda. Tá bom, tá bom, já que senhor insiste. Mas não vou fazer lição. Ah muleque doido! Tô cansado. Quatro da manhã ainda era noite jão. Só fazendo avião. Depois, o Play 2. Não é mole não. O jogo é bravo. Exige concentração. Que fita que eu tenho? Daquela de tiro. Plá, plá, plá. Me imagino tipo com uma 765. Mas logo mais eu tô com uma automática na mão. É, cê vai ver doidão.
Ah prussôr, não vou fazer lição não. Não entendo nada mesmo. Tô cansado de ficar só copiando. Num sei lê, num sei escreve. Conta? Conta eu conto, claro. Trabalho com dinheiro vivo. Se eu não conta quem é que garante a minha mesada? É, a vida é cara. Quem paga meu tênis, minhas roupa de marca? Quem? Pai e mãe num tenho. Já foi. Tudo morto. Só balaço. Mas eu nem ligo. Já cicatrizô. Nem choro. É, rapá, homem não chora. Só Jesus chorou. O cara era gente fina, mas ó, muito pacífico. Comigo não, é na bala. Minha vida é na quebrada. E no esquema. Nem olhe pra minha cara. Olho, plá. Levô tiro.
Quem guia a minha mão é o Marcola. Se eu já matei? Eh prussôr, da missa cê não sabe o terço? Já tenho treze anos pô. Sô bicho solto, bicho feito. Tô enquadrado. É, já to viradasso. Já paguei até veneno. Um ano na FEBEM. Várias rebelião e o caralho. Tô aqui de L.A. Só por causa do juiz. Memo assim, num tem quem me segura. Fico pelos corredor, só nas fissura. Dando umas volta, ganhando a fita. Estudar? Só entro na aula do senhor porque o prussôr é gente fina. Mas não estudo não. E só entro de vez em quando. É não tem mai jeito jão. É feio ficar chorando pelo que se rebento. Já se estrago. Tem defeito. Minha vida agora é assim, só no arrebento. Mudá? Só se for de ponto. De vida eu não quero não. Tô bem prussôr. Valeu a preocupação, satisfação.
Ah muleque doido! Ó, tô saindo. Cansei de ficar na sala de aula, na escola. Sei lá. Aqui é tudo muito parado. Vou pra rua. Lá que é o barato. É. Lá eu já sou mestre.
*Texto publicado na Revista Não Funciona 14
***
Domingo – 15/06, a partir das 17 horas
*A.B.C
Ah prussôr, não vou fazer lição não. Não entendo nada mesmo. Tô cansado de ficar só copiando. Num sei lê, num sei escreve. Conta? Conta eu conto, claro. Trabalho com dinheiro vivo. Se eu não conta quem é que garante a minha mesada? É, a vida é cara. Quem paga meu tênis, minhas roupa de marca? Quem? Pai e mãe num tenho. Já foi. Tudo morto. Só balaço. Mas eu nem ligo. Já cicatrizô. Nem choro. É, rapá, homem não chora. Só Jesus chorou. O cara era gente fina, mas ó, muito pacífico. Comigo não, é na bala. Minha vida é na quebrada. E no esquema. Nem olhe pra minha cara. Olho, plá. Levô tiro.
Quem guia a minha mão é o Marcola. Se eu já matei? Eh prussôr, da missa cê não sabe o terço? Já tenho treze anos pô. Sô bicho solto, bicho feito. Tô enquadrado. É, já to viradasso. Já paguei até veneno. Um ano na FEBEM. Várias rebelião e o caralho. Tô aqui de L.A. Só por causa do juiz. Memo assim, num tem quem me segura. Fico pelos corredor, só nas fissura. Dando umas volta, ganhando a fita. Estudar? Só entro na aula do senhor porque o prussôr é gente fina. Mas não estudo não. E só entro de vez em quando. É não tem mai jeito jão. É feio ficar chorando pelo que se rebento. Já se estrago. Tem defeito. Minha vida agora é assim, só no arrebento. Mudá? Só se for de ponto. De vida eu não quero não. Tô bem prussôr. Valeu a preocupação, satisfação.
Ah muleque doido! Ó, tô saindo. Cansei de ficar na sala de aula, na escola. Sei lá. Aqui é tudo muito parado. Vou pra rua. Lá que é o barato. É. Lá eu já sou mestre.
*Texto publicado na Revista Não Funciona 14
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Domingo – 15/06, a partir das 17 horas
III Encontro de Literatura Periférica de Francisco Morato
Centenário de Solano Trindade. Convidada especial: Raquel Trindade
No CIC ( Centro de Integração da Cidadania)
Rua Tabatinguera, 45 ( próxima à estação de trem de Francisco Morato, colada na prefeitura)
Sunday, June 08, 2008
Terça
Entre outras coisas, um show do Experimento Prosótypo, pra agitar, desvirtuar, poetizar a palavra sonora.
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