Não há nada de novo, o que há, é a acomodação simbólica de todas as classes artísticas, tanto da música, das artes plástica, da poesia, da literatura, etc. O artista está em decomposição junto com a massa.
Diferente do que a história mostra o que há hoje é a desconjunção dos artistas e a desordem ao traduzir uma forma contemporânea de realizações.
Não há um espírito de construção, uma vontade de mostrar o novo, mas sim um aglomerado de técnicas e manifestações deixadas como heranças de outras épocas onde os artistas deixaram obras- primas como testemunho.
O que quero dizer é que não há necessidade de sistemas estéticos para os criadores hoje em dia.
A urbanização junto com o meio de comunicação é a desordem posta ao homem que desordenado absorve conhecimentos diversos para suas representações. As obras de arte hoje, são criadas em um sistema estético mais ou menos consciente.
As influências levam o artista a construir o que lhe apetece com uma certa forma em um determinado momento, traduzindo as heranças deixadas nas obras dos artistas de outros períodos.
Se penso nesta trajetória que se toma no meio artístico hoje em dia, creio que caberia as seguintes formas para tornar mais plausível a forma de se construir o novo no contemporâneo:
Analisar o maior número possível das heranças deixadas por artistas nas obras concebidas e torná-las comestível à massa artística;
Fazer com que os traços novos alcançados pelo artista sejam compreendidos e explorados como novo;
Enfim, fazer com que as heranças sejam aplicadas como objeto de estudo para que a estética vista da obra obtenha o resultado do novo.
O C.A.I-MAL faz com que a aproximação desses novos artistas seja o meio de se ver as novas formas alcançadas na arte contemporânea.
Berimba de Jesus