Povo, desculpem-nos pela confusão. Na verdade este evento do cartaz será sábado próximo "28/06". Não percebemos que ele estava errado quando recebemos do espaço que está organizando e acabamos divulgando assim mesmo. Mas de qualquer forma vai rolar, na faixa. Só chegar!
Wednesday, June 25, 2008
Boletim de Notas
O boletim aqui inciado, pretende informar os leitores das novidades no cenário musical alternativo brasileiro. Muita gente tem tomado a iniciativa de fazer música e participar de eventos e circuitos musicais, trazendo novas tendências e experiências com o tratamento dos meios de divulgação, exibição e produção de seus trabalhos.
Há anos os músicos da chamada cena alternativa estão flutuando entre a marginalidade e a ascensão ao mainstream. Quando uma banda se firma do lado indie, parece ter mais segurança quanto ao caminho a percorrer.
Monta sua página no My Space, percorre os festivais independentes, grava seu próprio CD e vende nos shows, toca nas poucas casas que permitem o tipo de som que produzem. E, claro, arrumam um jeito de bancar isso tudo.
Algumas bandas que ultrapassam esse limite, costumam esbarrar no muro alto da exposição na mídia, pendendo para a negação do sucesso ou embriaguez e intoxicação com o mesmo. Algumas acabam perdendo o público conquistado, devido ao seu desempenho nesse campo. Parece que quando uma banda alcança reconhecimento popular, perde seu espaço junto ao seu público indie.
Converso com amigos que estão nessa situação e constato que eles acabam ficando sem saída. Ou permanecem pequenos, ou se lançam definitivamente às exigências do mercado. Conheço pouquíssimas excessões e mesmo assim, parecem estar cientes de que precisam escolher entre o sucesso e o prazer de fazer o que gostam. E reforço que poucas exceções conseguem manter seu trabalho intacto e aumentar significamente seu público, mas essas bandas existem. Incrível!
Mas para quem está no barato de fazer seu som sem preocupações com super-empresários, jabá pras rádios, música em novela e coisas assim, existe uma nova tendência de se organizar e tirar o melhor proveito do que está disponível.
Produção
No campo da produção, as bandas parecem ter encontrado um meio de realizar seus discos de forma independente, produzir seus shows de acordo com a estrutura oferecida e, trabalhando muito, fazer sua música chegar ao seu público. Tudo isso é possível, graças a produtores que aceitam trabalhar como parceiros dessas bandas. Isso vale para os produtores de shows também. Organizados e conectados com o circuito, parecem estar dando conta de planejar, executar e colher os frutos desse trabalho.
Espaços
Os festivais (inclusive organizados numa associação: Abrafin), têm dado espaço a essas bandas, que podem tocar ao lado de artistas mais conhecidos. Os clubes de rock estão mais preocupados com equipamento, cachês, agendamento, pois parecem ter sacado que esse é seu papel. E o público já está habituado a ter música ao vivo na balada. Até os Sescs têm promovido eventos, com participação de novas bandas. Os programadores parecem ter perdido o medo de arriscar. Claro que dá trabalho, que implica em uma aposta, mas tenho certeza que , após uma bem sucedida produção, eles podem olhar no espelho e dizer que fizeram algo pela música independente.
Divulgação
Já citei o My Space, site onde as bandas dispõem até 6 músicas, para divulgar e se relacionar com outras bandas do mundo todo. Com um mínimo de trabalho e criatividade, a página promove e divulga shows e músicas, exibe fotos e videoclipes, com espaço para blog e comentários, caixa de mensagens e boletim de eventos. Esse me parece um instrumento muito útil para uma banda indie. Até grandes e renomados artistas estão no My Space.
Alguns programas de TV estão ao alcance, como o Radar ( da TV Educativa) e o Jornal da MTV (graças ao esforço do Zé Antônio). Lembro de tentativas do Programa do Jô (foram tão poucas e parece que não deu certo). Mas falta um programa que esteja mais diretamente ligado ao universo indie.
As rádios estão em falta. Fora algumas excessões de rádios universitárias, falta espaço no rádio. Tentei por 3 anos carregar um programa, mas o Tapa Na Orelha (programa apresentado por mim, Alan Terpins, Joana Cecato e Gabriel Chiara) sucumbiu por falta de patrocinadores.
Na internet, existe o site Showlivre, que tem espaços para música ao vivo (Estúdio Showlivre, apresentado pelo Clemente), entre outras atrações que acabam divulgando o universo independente. Tenho ali, minha própria produção, o Thunderview, que está sempre desviando o assunto para a música alternativa.
Criou-se recentemente um fórum de discussão para músicos e produtores. Trata-se do Rock Público, que promove debates, mesas de discussão e divulgação de espaços e serviços. Pode ser uma resposta organizada do mundo indie. Se trabalhar com seriedade e negar o amadorismo, pode se transformar em uma solução para as bandas. Não há mais espaço para molecagens, gente “doidinha” que resolve se promover, organizando festas, chapando a cabeça e dando calote nas bandas. Creio que o Rock Público pode ajudar a separar profissionais sérios de crianças irresponsáveis.
Lançamentos
Tem disco novo da banda paulistana Seychelles. Ouvi o trabalho novo e ficou evidente que a banda caminha a passos firmes para um futuro promissor. Deve estar pronto em um mês, à disposição dos fãs de boa música.
O Cérebro Eletrônico lançou seu segundo disco. Parece ter se firmado no patamar das bandas experimentais. É o projeto paralelo do combo Jumbo Elektro e traz uma versão mais tropicalista dos fatos.
Daniel Belleza e os Corações em Fúria, terminou seu aguardado segundo disco. Esse é um exemplo de caminhada independente. Produzido entre amigos, com a parceria de uma gravadora de Baurú, o disco empacou durante mais de um ano, por falta de verba para terminar o processo de prensagem e capa. Depois de muito tempo, o próprio Daniel conseguiu um segundo parceiro (Volume I) para terminar e lançar o cd no clube Inferno.
Eu estava lá para conferir o som e o trabalho que tiveram com o projeto. O disco está excelente e à venda nos shows da banda.
Esses três segundos discos destas bandas são ótimos exemplos da atual produção musical independente.
Uma produção cheia de dificuldades, mas por isso mesmo, repleta de méritos. Mas o maior barato é realmente poder fazer seu som de acordo com o gosto pessoal da banda. E foda-se as exigências de mercado!
Thunderbird é comunicador e músico.
http://thunder.blog.uol.com.br
www.showlivre.com/thunderview
*Este artigo faz parte da Revista Não Funciona 16, Jun/Jul. 08
Há anos os músicos da chamada cena alternativa estão flutuando entre a marginalidade e a ascensão ao mainstream. Quando uma banda se firma do lado indie, parece ter mais segurança quanto ao caminho a percorrer.
Monta sua página no My Space, percorre os festivais independentes, grava seu próprio CD e vende nos shows, toca nas poucas casas que permitem o tipo de som que produzem. E, claro, arrumam um jeito de bancar isso tudo.
Algumas bandas que ultrapassam esse limite, costumam esbarrar no muro alto da exposição na mídia, pendendo para a negação do sucesso ou embriaguez e intoxicação com o mesmo. Algumas acabam perdendo o público conquistado, devido ao seu desempenho nesse campo. Parece que quando uma banda alcança reconhecimento popular, perde seu espaço junto ao seu público indie.
Converso com amigos que estão nessa situação e constato que eles acabam ficando sem saída. Ou permanecem pequenos, ou se lançam definitivamente às exigências do mercado. Conheço pouquíssimas excessões e mesmo assim, parecem estar cientes de que precisam escolher entre o sucesso e o prazer de fazer o que gostam. E reforço que poucas exceções conseguem manter seu trabalho intacto e aumentar significamente seu público, mas essas bandas existem. Incrível!
Mas para quem está no barato de fazer seu som sem preocupações com super-empresários, jabá pras rádios, música em novela e coisas assim, existe uma nova tendência de se organizar e tirar o melhor proveito do que está disponível.
Produção
No campo da produção, as bandas parecem ter encontrado um meio de realizar seus discos de forma independente, produzir seus shows de acordo com a estrutura oferecida e, trabalhando muito, fazer sua música chegar ao seu público. Tudo isso é possível, graças a produtores que aceitam trabalhar como parceiros dessas bandas. Isso vale para os produtores de shows também. Organizados e conectados com o circuito, parecem estar dando conta de planejar, executar e colher os frutos desse trabalho.
Espaços
Os festivais (inclusive organizados numa associação: Abrafin), têm dado espaço a essas bandas, que podem tocar ao lado de artistas mais conhecidos. Os clubes de rock estão mais preocupados com equipamento, cachês, agendamento, pois parecem ter sacado que esse é seu papel. E o público já está habituado a ter música ao vivo na balada. Até os Sescs têm promovido eventos, com participação de novas bandas. Os programadores parecem ter perdido o medo de arriscar. Claro que dá trabalho, que implica em uma aposta, mas tenho certeza que , após uma bem sucedida produção, eles podem olhar no espelho e dizer que fizeram algo pela música independente.
Divulgação
Já citei o My Space, site onde as bandas dispõem até 6 músicas, para divulgar e se relacionar com outras bandas do mundo todo. Com um mínimo de trabalho e criatividade, a página promove e divulga shows e músicas, exibe fotos e videoclipes, com espaço para blog e comentários, caixa de mensagens e boletim de eventos. Esse me parece um instrumento muito útil para uma banda indie. Até grandes e renomados artistas estão no My Space.
Alguns programas de TV estão ao alcance, como o Radar ( da TV Educativa) e o Jornal da MTV (graças ao esforço do Zé Antônio). Lembro de tentativas do Programa do Jô (foram tão poucas e parece que não deu certo). Mas falta um programa que esteja mais diretamente ligado ao universo indie.
As rádios estão em falta. Fora algumas excessões de rádios universitárias, falta espaço no rádio. Tentei por 3 anos carregar um programa, mas o Tapa Na Orelha (programa apresentado por mim, Alan Terpins, Joana Cecato e Gabriel Chiara) sucumbiu por falta de patrocinadores.
Na internet, existe o site Showlivre, que tem espaços para música ao vivo (Estúdio Showlivre, apresentado pelo Clemente), entre outras atrações que acabam divulgando o universo independente. Tenho ali, minha própria produção, o Thunderview, que está sempre desviando o assunto para a música alternativa.
Criou-se recentemente um fórum de discussão para músicos e produtores. Trata-se do Rock Público, que promove debates, mesas de discussão e divulgação de espaços e serviços. Pode ser uma resposta organizada do mundo indie. Se trabalhar com seriedade e negar o amadorismo, pode se transformar em uma solução para as bandas. Não há mais espaço para molecagens, gente “doidinha” que resolve se promover, organizando festas, chapando a cabeça e dando calote nas bandas. Creio que o Rock Público pode ajudar a separar profissionais sérios de crianças irresponsáveis.
Lançamentos
Tem disco novo da banda paulistana Seychelles. Ouvi o trabalho novo e ficou evidente que a banda caminha a passos firmes para um futuro promissor. Deve estar pronto em um mês, à disposição dos fãs de boa música.
O Cérebro Eletrônico lançou seu segundo disco. Parece ter se firmado no patamar das bandas experimentais. É o projeto paralelo do combo Jumbo Elektro e traz uma versão mais tropicalista dos fatos.
Daniel Belleza e os Corações em Fúria, terminou seu aguardado segundo disco. Esse é um exemplo de caminhada independente. Produzido entre amigos, com a parceria de uma gravadora de Baurú, o disco empacou durante mais de um ano, por falta de verba para terminar o processo de prensagem e capa. Depois de muito tempo, o próprio Daniel conseguiu um segundo parceiro (Volume I) para terminar e lançar o cd no clube Inferno.
Eu estava lá para conferir o som e o trabalho que tiveram com o projeto. O disco está excelente e à venda nos shows da banda.
Esses três segundos discos destas bandas são ótimos exemplos da atual produção musical independente.
Uma produção cheia de dificuldades, mas por isso mesmo, repleta de méritos. Mas o maior barato é realmente poder fazer seu som de acordo com o gosto pessoal da banda. E foda-se as exigências de mercado!
Thunderbird é comunicador e músico.
http://thunder.blog.uol.com.br
www.showlivre.com/thunderview
*Este artigo faz parte da Revista Não Funciona 16, Jun/Jul. 08
Tuesday, June 24, 2008
Fotos V.UL.G.O / C.A.I-MAL
Apesar da demora, lá vão algumas fotos da edição mais recente do C.A.I-MAL (Centro de Ação In-formal), realizado no último dia 07, no Espaço Zé Presidente. Foram tiradas pela Leila (Atelier Aberto). Infelizmente não tem nenhum registro dos poetas convidados (Minchoni, Júlio, Celso, Pilar & Pedro lucas), tampouco do Cozinha Convida (Teo & Guima). Se caso alguém tiver e quiser compartilhar, agradecemos... Então até o próximo, provavelmente edição de aniversário - 3 anos, em setembro. Aguardem!
Mestre Dinho Nascimento
Aline Reis & Léo de Abreu
Diversão garantida ou sua televisão de volta!
Monday, June 23, 2008
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