Poética Ótica, espetáculo poético-performático-audiovisual que tem como proposta apresentar diferentes relações que travamos com a cidade. Seu caos inerente e arquitetura, dialogam com a influência cultural da miscigenação, o urbano, a cidade (im)popular, texturas, sonoridades, imagens, corpo e palavras. Eletrônico e orgânico em harmonia composta através de projeções de imagens e palavras poéticas construídas em tempo real, sons eletrônicos e acústicos, mestiços e mamelucos doces. O olhar poético mais próximo da vida das pessoas, fomentando a reflexão sobre como interagimos com nossa cidade e as diferentes culturas que a permeiam. O desarmamento da alma, assumindo a reflexão sobre quem somos e como interagimos com o espaço em que vivemos. Qual nosso papel enquanto sujeitos participantes da construção de nossa cidade? Como ocupamos este espaço? Conceitos como arte pública e intervenção urbana difundindo a poesia visual e a intervenção poética a novos públicos, bem como a incorporação e acesso a novas tecnologias na produção poética, a formação de um novo olhar sobre a relação que temos com a cidade e a valorização dos indivíduos que a habitam numa relação espontânea e de troca.
Com a participação e interação do público num projeto inédito, nasce o desejo de somar para dividir. Somar possibilidades e dividir, compartilhar conhecimento e ação. A cidade, a poesia, o novo, o velho de novo, a tecnologia, a intervenção, o Olho; nossos deslocamentos e moradas, revisitados, hoje, amanhã e depois, também. Um projeto em constante criação, lapidado pela metamorfose oriunda do diálogo das diferentes expressões artísticas: A construção poética de Aline Binns, Berimba de Jesus e Caco Pontes; ritmadas pelas composições sonoras de Flávio Gondim, sopros e percussões de Alessandra Vilhena; projetadas pelas imagens do Midiadub; e desconstruídas pela poesia visual de Georgia Martins e Piero Pucci.