Dedicado a Poesia Maloqueirista e
a cantora Nethy Marques
por Robson Canto.
Andando despreocupado e maloqueiramente “pelas vielas tortas de pedras de Parati”, vou admirando a arquitetura dos prédios arcaicos, parei em uma rua qualquer, e fiquei olhando as coisas ao meu redor, as pessoas andando sem pressa, casais de mãos dadas, tudo muito romântico, achei que não existiam mais essas coisas no Brasil.
Ouvi uma voz suave, cantando uma música agradável. Fazia tempo que meus ouvidos não ouviam boa música.
Até aquele momento, a dona daquela voz, estava fora do meu campo de visão. E o meu melhor amigo, como que adivinhando meus pensamentos, chamou minha atenção para uma janela de um restaurante de onde saia uma fraca luz azulada.
Aproximei-me da janela e fiquei fascinado! Que belo cenário! Não só a voz mais como a dona da voz também era linda.
Quando ela me notou, observando-a, sorrio encantadoramente. Fiquei extasiado, pois há muito tempo ninguém sorria daquele jeito pra mim.
Continuou cantando e quando me olhava sorria. Talvez ela tenha percebido o modo que eu a olhava com carinho e bem querer. Bem querer esse, que senti vontade de entrar naquele restaurante, e perguntar o nome daquele anjo. Mas o alto nível do restaurante inibiu a ação deste maloqueirista.
Mesmo assim fiquei pensado, que eu deveria ter entrado no restaurante, nem que eu tivesse tomado uma cerveja ou até mesmo uma pinga (bebida oficial dos maloqueiros).
Não entrei no restaurante, mas fiquei pensando naquele anjo, que nunca tinha me visto e mesmo assim sem receio sorrio pra mim.
E como disse aquela mesma cantora, em uma de suas músicas “Foi bom te conhecer!” O maloqueirista agradece o sorriso!
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